segunda-feira, 8 de novembro de 2010

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Para infectologista, Vigilância Sanitária adota postura tardia com os antibióticos

Leandro Andrade - Estado de Minas 21/10/2010
Nos últimos dias, um surto de uma superbactéria tem mobilizado hospitais e centros de saúde no país afora. Conhecida como Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), os especialistas dizem que o microorganismo é resultado de uma medicação sem controle de pacientes, que recebem a medicação fora da dosagem correta. As polimixinas e tigeciclinas são as mais indicadas para situações de emergência e apresentam maior eficácia no combate às infecções, principalmente as hospitalares.

Para o Dr. Carlos Starling, Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, a superbactéria é a princípio tão comum quanto outras já existentes. O que a diferencia é a sua resistência ao tempo e aos novos medicamentos que chegam no mercado. Sua ação é mais forte em pacientes debilitados. “Na medida em que novos medicamentos vão surgindo, o micro-organismo desenvolve uma resistência muito forte. Isso torna ineficaz a ação de qualquer medicamento”, disse.

Starling considera que o momento de surto vem de encontro com uma política considerada tardia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que visa racionalizar o uso dos antibióticos. “A comercialização indiscriminada desses medicamentos nas farmácias, mesmo com os genéricos, sem uma fiscalização adequada inclusive dos novos laboratórios fabricantes, é um fator de risco. E esse risco (de surto) já vinha sendo alertado desde os anos 90”, explicou. Outra situação é a falta de infraestrutura adequada e de profissionais capacitados para lidar com o problema nos hospitais, como a instalação de laboratórios de microbiologia.

O monitoramento do ambiente, com a total desinfecção também é fundamental. Quanto a postura adotada pelos hospitais de isolar os pacientes, o Dr. Carlos Starling disse que essa é a maneira mais correta de evitar uma contaminação generalizada.”Após o processo de isolamento é preciso identificar esses pacientes e fazer a colonização”, concluiu.

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